sexta-feira, 28 de maio de 2010

Do Sonho ao Banho:

Um sopro de esperança invade teu banho.
Faz ressurgir das aguas o frescor da volta, a umidade envolvente das gotas quentes.
Espero-te sair da chuva artificial, ao som da musica universal, do toque no peito, vejo-te desnudo, cabelos crespos, caracóis de euforia.
Fim de semana, tudo alcança pleno extase, tudo esta diante dos olhos de quem quer enxergar...
os livros na estante me contam historias distantes,
os papeis sob a mesa refletem pensamentos avulsos,
a reza na igreja, guardada no sonho,
Do sonho ao banho, um canto geme as gélidas paredes
que por hora soam com aconchego,
envolvemo-nos nus,
loção pós desconforto,
tecido de fibra desconhecida, misteriosa.
Poesia, musica, filosofia,
dão ar para até mesmo a ciência entrar.
eu que contava os passos,
agora estou saltitante nas esferas convictas oniricas.

domingo, 9 de maio de 2010

Às mães mais mas...

Como pode haver tantos deslizes,
contradições, movimentos noutro sentido?
Digamos que a fenda pela qual passamos
estivesse fechada diante da luz,
pronunciariamos primitivamente
a silaba "ma"?
De terna, eterna terra
fez surgir através do mistério
um ente,
e misteriosa é.
E guarda o segredo da vida
em teu ventre,
pelo qual deslizamos
a custa de dor e sofrimento.
Queres a renuncia,
dá-me o significado das coisas
em seguida retira-lhe e subtrai
és o incompreensivel,
chamo-lhe Amor?
Quando te vi com meus olhos,
não eras tão bela
como quando adormecia em teus braços,
mas tinha a chave de tudo.
Como pode o universo se resguardar
nas mãos de tão pobre criatura?
Seria a mim? Seria tu?
Minha MÃE.