domingo, 9 de maio de 2010

Às mães mais mas...

Como pode haver tantos deslizes,
contradições, movimentos noutro sentido?
Digamos que a fenda pela qual passamos
estivesse fechada diante da luz,
pronunciariamos primitivamente
a silaba "ma"?
De terna, eterna terra
fez surgir através do mistério
um ente,
e misteriosa é.
E guarda o segredo da vida
em teu ventre,
pelo qual deslizamos
a custa de dor e sofrimento.
Queres a renuncia,
dá-me o significado das coisas
em seguida retira-lhe e subtrai
és o incompreensivel,
chamo-lhe Amor?
Quando te vi com meus olhos,
não eras tão bela
como quando adormecia em teus braços,
mas tinha a chave de tudo.
Como pode o universo se resguardar
nas mãos de tão pobre criatura?
Seria a mim? Seria tu?
Minha MÃE.

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