quarta-feira, 7 de julho de 2010

O Ínfimo...

Gosto das frestas, das brechas, do espaço quase nulo entre os pensamentos, serão mesmo pensar?
O gosto pelos gráficos sem nortes, sem pontuar onde se quer chegar. O amanhecer, entardecer e anoitecer desvanecem criações humanas.
Rumo a escola pela manhã, pude contemplar a criação do inconsciente humano. As casas, o comércio, o trabalho, a natureza do lindo planeta feito planta que precisa de água pra germinar.
Trouxe-me um momento de pura abstração. Onde estará esse instante em minha mente? Onde se encontra a matéria sem forma?
O som da manhã, com seus ruídos naturais, e suas artificiais máquinas. O homem que ainda dorme pós meio-dia, o caminhar rumo à saciedade da vida, o Conatus de Espinosa. A vida só precisa da vida para respirar.
Caso haja caos, represento esse vulto num espaço sem ar, quase asmático pensar. Pouso as asas e caio de pára quedas na sala de aula. A realidade deixa-se estar nesse vão.

terça-feira, 6 de julho de 2010

A Natureza em nós...

Onde andará esse bicho? Rimos dele. Rimos de nós mesmos. Autossabotagem. Nossas normas nos levam a correção do intelecto? Levam à evoluçao do homem no mundo?
O que nos diferencia das demais espécies? Seriamos mais inteligentes? os mais evoluidos na cadeia alimentar? O que isso representa, senão a enfadonha e triste posiçao do homem diante da natureza?
Ontem, após praticar uma aula de Yoga, tive a plena sensação de que era um bichinho indefeso, sentia o cheiro da terra entrar pelos meus póros. Desde quando nos afastamos dessa pureza? Desse entendimento do que é simples?
Pergunto isso, tambem tendo em vista a realidade que vivi na aldeia indigena no Tocantins, pois, temos a errônea ideia de que, por serem povos que vivem afastados das cidades, são mais proximos da natureza. O que não é bem verdade, pois lá vi e vivi intensamente a mais pura "natureza humana", não há mais contato pleno com a natureza, pois não havia o questionamento da subsistência, da mente "evoluida" necessaria no planeta. Embora, o banho de agua doce poluida, a comida feita no fogo de verdade, as casas de terra, e mais ainda, o medo da escuridão da mata, e o deslumbramento com o nescer do sol e dos cantos sagrados, ainda os aproxime muito mais da natureza.
"Natureza humana" é a mesma "natureza do mundo"? Será uma "Evoluçao Natural" o rumo do ser humano diante das fatalidades catastróficas que ele mesmo criou?
Para quem acredita numa evoluçao consciente do ser humano, por favor, indique-me caminhos para solucionar esses questionamentos. Sei que a resposta será mera hipotese ou suposição, mas, ao menos, me trará alguma esperança ou não.