Basta um sonho. Apenas um sonho pra mudar o rumo do barco à deriva. Um sonho traz o alívio inconsciente, inconseqüente do desejo retido em meio às convenções sociais.
Um sonho trouxe-me a vida de volta. Aparente presente dos deuses.
Há de me levar a algum destino; teu sorriso em meio ao brilho do dia Apolíneo. Há de me fazer enxergar o que estava um tanto turvo, o que havia de infortúnio no meu ser andante à esmo. Há de me por pregos nos pés, porém fazendo-me esvoaçar alto, sonhando ser um dia como um "velhinho num balão".
De modo que já não sei mais te dizer "não". Essa era minha grande busca.
Mas, perseguia esse dilema com o coração em risco. Olhando as frestas do mundo por entre culturas ancestrais. Percebi que não és mais nem melhor que ninguém no mundo. E, no entanto, és único, essencialmente perfume em flor, frescor matinal, fluxo contínuo de desespero e entrega. Olhos do divino.
domingo, 14 de março de 2010
Por um fio...
Estopim
Ato, ritmo pra começo de conversa.
Fala manso, pede prosa.
Verga o plano, pulsa e cora.
Retém liquido, revigora.
Traz consigo a tal Pandora
Noite, injuria traição.
Traz na boca, incontido “não”.
Traz no peito o arranque,
Rugido contido de leão
Explode em gomos,
Espasmos rústicos
Sobras de gestos, incompreensão.
Mostra tua face
Que o que me devora a carne
É tecer feito Penélope,
O que não tem fim
O fio da vida: esse estopim
Ato, ritmo pra começo de conversa.
Fala manso, pede prosa.
Verga o plano, pulsa e cora.
Retém liquido, revigora.
Traz consigo a tal Pandora
Noite, injuria traição.
Traz na boca, incontido “não”.
Traz no peito o arranque,
Rugido contido de leão
Explode em gomos,
Espasmos rústicos
Sobras de gestos, incompreensão.
Mostra tua face
Que o que me devora a carne
É tecer feito Penélope,
O que não tem fim
O fio da vida: esse estopim
sexta-feira, 12 de março de 2010
Dialética do Absurdo
Charlatões invertidos em ásanas de yoga,
Lingüistas que não sabem escrever nem ler
Políticos que só pensam no próprio umbigo
Artistas abstratos que não sabem ver
Palavrear o confuso, nota sem hora
De estremecer
Eles esperneiam, imploram a ignorância!
Um barulho silencioso titubeia-me a alma
A sombra repousa e me olha pela fresta
A festa insignificante
Na qual...
...Políticos tomam champagne com dinheiro do povo,
Professores não compreendem o humano,
O lúdico se torna o profano
O universo inevitavelmente se veste desse infame pano.
Lingüistas que não sabem escrever nem ler
Políticos que só pensam no próprio umbigo
Artistas abstratos que não sabem ver
Palavrear o confuso, nota sem hora
De estremecer
Eles esperneiam, imploram a ignorância!
Um barulho silencioso titubeia-me a alma
A sombra repousa e me olha pela fresta
A festa insignificante
Na qual...
...Políticos tomam champagne com dinheiro do povo,
Professores não compreendem o humano,
O lúdico se torna o profano
O universo inevitavelmente se veste desse infame pano.
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