sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Lixeira Cósmica

Pra que tantos carnavais,
se no somar das tentativas, tudo que resta evapora?
Se no desaguar das águas há o ultimo suspiro?
Tantas conversas em noites de botequim?
Festim decimal, desse mal não sofro mais.
Mas da ambição que se encoraja em quimeras,
Relutâncias pra encontrar a gloria.
Aquela de Euripedes, de Homero, Ulisses e Aquiles.
Quantos são nossos inimigos vivos?
Quanto de nossa astúcia
irá demolir a parede do esquecimento?
Quem de nós trairá a bem-aventurança e surgirá impune
Nesses fios navais?
Que fará das flores rústicas, estatuas de plástico?
Que inventará perfumes de alfazema artificiais?
Dança teu baixo ventre num ritual,
Pede à divindade que lhe sorri
Ao menos um sonífero
Que nos iluda mais...
A tempo de constatar e sentir mais medo
Pois os carnavais já não são mais como antigamente...

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