segunda-feira, 15 de junho de 2009

Sobre o presente:

Porque me seduz ó noite!
Em seus cabelos prateados de nevoa flutuante
Dos sonhos de Tarkovsky acordei sem fôlego
Jurava fazer chuva dentro de casa
Corria entre paredes úmidas de uma escola abandonada

Porque noite tão densa,
Não me deixa dormir
Se o dia preguiçoso não quer ir embora
Mesmo com a cortina transpirando o ontem?

Porque tudo tem de ir e vir?
Porque tudo precisa de sim e de não?
Porque não passamos como maquinas compressoras
Sobre esses estados de consciência?
E pensemos numa vida mais leve?

Quanto de mim resta nessa noite para o amanha?
Quanto sou eu quem diz,
E não se renova? E não retorna?
Simplesmente fica aqui :extático
Paralisado pela nevoa e neblina
Confuso, hereditário,
Silencio da retina,
Cansaço de domingo no balanço da rede
Existira amanha?
E esse eterno é? Que será dele então?

2 comentários:

  1. Cada um de nós que fomos ontem...
    Quantos?! Seremos quem
    quando formos tantos
    outros que ainda nem sabemos...

    A noite sempre gera belas inquietações, névoa na mente e silêncios desembocando num amanhecer...e haja segunda-feira...belo belo teu poema, fundo e suave ao mesmo tempo...bj.

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