sábado, 8 de janeiro de 2011

Teorias sobre o Silêncio

As palavras me fogem,
Dormem despreocupadas no sofá
Tendo o verão nos dentes
A máquina paralisada
Pelo descanso com hora marcada.
E as palavras correm
Dentro um sonho profundo
Brincam de pétalas,
Empinar pipa,
Pega-pega, esconde-esconde.
Brincam de esconder-se de mim
E eu fiquei muda desde então...
Quando em muito,
Podia dizer o que todos já dizem;
Sem muita reflexão.
Acho que quem anda ainda mais distante é a filosofia.
Arredia feito um cavalo indomado.
Mas o que seria da filosofia sem as palavras?
E o que são nossas palavras ditas sem peso?
Sem métrica, sem direção, sem contorno de si?
O silencio será mesmo o dono de tudo?
A música sem som,
Vento soprando em outras galáxias.
Respiração divina.
O Indizível...

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