quinta-feira, 28 de maio de 2009

TEXTOS DE 2008

Sobre o Nada e o Amor

Abrigo nesse isntante um palpitante não estar em mim. Descontrolo-me facilmente. Pulsam hormônios juvenis. Pulsam palavras hostis. Não sou quem diz.
O diabo se reveste de minhas palavras, de meu silêncio, repousa inteiro em minha gula.
Se observo impaciente a vida é porque caminho no plano da aparência sem nexo: minha fraqueza não permite a amplitude, a visão do todo. Muito embora eu sempre saiba que esse TODO sempre esteve lá. Pulsando muito além e aquém de meus pulsos caóticos.
Cada encaixe da coluna vertebral tem sua extensão e dor. Sinto o "não" surgir do estômago e vigorar até a garganta.
A doença do domingo. Meu avô Domingos morto. Seu fantasma presente em meu gene, e na minha eterna busca pelo Ser.
Hoje pensei em separar-me do mundo que criei para mim. Das emoções frágeis e temporais. Dos amores que são como ventos em dias de calor.
A necessidade permeia tudo. Brutal e impiedosa, meticulosamente amante da sorte e do acaso.
O costume costurado pelos retalhos dos segredos familiares bem guardados.
Somos a soma de necessidade ocasional e destino necessário. Contrários por essência: Animais Angelicais.
Sentimos fome de AMOR.

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