sexta-feira, 10 de abril de 2009

A Neve

A neve inexistente solidifica a solidão presente
Estagio da alma
Passagem de dor à luz
Passagem para estar consciente
A febre estremece os dentes
Apazigua o calmo,
Torna-nos seres despertos de si
E de sua desgraça
Existir é dor
A dor que nos perpassa
Os espíritos que nos corrompem na juventude
A água e a terra em casa
Entendimento do profundo
Perceber nossa fragilidade
Perceber o quão confusos
Precipitamos pelos olhos do medo
E a noite que passou levou mais uma náusea
Ao surgir o dia a dor é outra,
Trava os músculos,
Entopem narinas, cavidades do ser
Para expelir do corpo a branquidão do existir
O amarelo do sorriso
O vermelho da raiva,
Limpar a casa para mais uma devastação
Da natureza, da NASA.

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